#1/2009
Texto: Susanna Lidström
A Scana Steel elevou os níveis de eficiência e reduziu o impacto ambiental na sua forja em Björneborg, na Suécia, graças a um conjunto de tecnologias de oxifuel da AGA, membro do grupo Linde.
A produção de aço tem uma longa tradição em Björneborg, na Suécia, onde a primeira forja foi construída em 1656. Hoje, cerca de 350 anos mais tarde, a forja está na vanguarda da produção de aço, graças a um conjunto de soluções de oxi-fuel implementadas pelo actual proprietário, o grupo industrial norueguês Scana, com a ajuda da AGA.
A Scana Steel Björneborg emprega um total de 350 pessoas na sua aciaria, forja, instalações de tratamento térmico e oficina mecânica. Em 1997, a empresa instalou queimadores de oxi-combustível, seguido de tecnologia de combustão sem chama em 2005 e um novo sistema de gases de exaustão em 2008 – desde então, a empresa nunca mais parou.
“O oxi-fuel proporciona-nos o calor adicional que necessitamos para os volumes nos nossos fornos,” afirma Hans Joelsson, Gestor de Projetos e es-Diretor da Forja e Manutenção na Scana Steel Björneborg. “Sem esse recurso não estaríamos onde estamos hoje.”
O Diretor da Forja Leif Näsman concorda. Ele explica que tal como muitas outras empresas da indústria do aço, a Björneborg verificou, nos últimos anos, um aumento da procura dos seus produtos por parte do mercado. A sua forja está a operar em plena capacidade para satisfazer as encomendas de peças rotacionalmente simétricas de grandes dimensões, nas quais é especializada. Entre elas, incluem-se eixos de hélice para navios e eixos de rotor para centrais eólicas.
Para poderem ser forjados , os lingotes que pesam entre 5 a 75 toneladas, têm que ser aquecidos a temperaturas entre os 650°C e os 1250°C. Antes da instalação do REBOX®, este processo decorria a uma taxa de 10 a 15 graus por hora.
“Quando instalamos os queimadores de oxi-fuel, verificámos que as taxas de calor aumentaram para 50 graus por hora nos testes,” afirma Joelsson. “O que equivale a poupanças significativas de tempo e energia.”
O ar contém azoto, que tem de ser aquecido durante a combustão. A tecnologia de oxi-combustível utiliza oxigénio puro para a combustão em vez de ar, o que torna o processo mais eficiente ao eliminar o lastro de azoto. A combustão de oxi-combustível também requer muito menos combustível do que a tecnologia convencional, reduzindo assim as emissões de dióxido de carbono.
No entanto, apesar dos queimadores de oxi-fuel utilizarem oxigénio puro, ainda geram uma quantidade significativa de emissões de óxido nítrico. Isto sucede porque o ar que ainda entra no forno, e uma vez em contacto com as chamas de elevada temperatura geradas pela combustão de oxi-fuel convencional, produz óxidos nítricos.
A forja na Björneborg utiliza queimadores sem chamas da AGA desde 2005. A chama resultante é mais ampla e diluída pelos gases do forno, produzindo uma menor temperatura máxima de chama, sem afetar a capacidade de aquecimento.
A regulação da pressão é um fator crucial na redução do risco de fugas e entrada de ar indesejável. A troca do ar pelo oxigénio reduz os fluxos de gás de combustão em cerca de 80%. Quando isto sucede, as condutas de gás de combustão têm de ser reduzidas proporcionalmente para prevenir que a baixa pressão no interior do forno, sugue o calor para fora do forno e permita a entrada de ar frio. Inicialmente, a Scana Björneborg corrigiu essa situação através do controlo do fluxo de gases de combustão, aumentando deste modo a pressão dentro do forno. Porém, no verão de 2008, a empresa instalou um sistema de gases de combustão da AGA totalmente novo.
“Anteriormente, as condutas de gás de combustão encontravam-se num ponto alto dos fornos,” diz Näsman. “Com o novo sistema, reposicionamos as condutas para um ponto mais baixo, pelo que agora encontram-se ao nível do forno. Desta forma, é mais fácil manter uma pressão uniforme em toda a área do forno e diminuiu-se o consumo de combustível entre cinco a dez por cento”.
Para reduzir ainda mais o risco de fugas, a empresa substituiu o fecho da escotilha de um dos fornos por um moderno modelo da AGA.
“Os nossos fornos datam de 1980 e começam a apresentar sinais de desgaste,” afirma Näsman. “A vedação é importante para obter o máximo de benefícios da combustão de oxi-combustível”.